quarta-feira, 14 de abril de 2010

Livro espanhol recria histórias infantis com princesas nada convencionais

A Cinderela conforme a visão moderna da Nunila Salamero e Myriam Sierra

Imagine se aquelas histórias que você ouviu em sua infância fossem assim: Cinderela vai ao baile, volta toda destruída na madrugada e larga o príncipe para se divertir; Branca de Neve sai de sua depressão com muita fluoxetina, coloca um belo biquíni para ficar linda e bronzeada; já a Bela Adormecida, levanta sozinha de seu profundo sono e vira uma pessoa independente.

Se as princesinhas do mundo do era uma vez de antigamente tinham um ar de politicamente corretas, a escritora espanhola Nunila López Salamero deu um sentido mais realista às eternas mocinhas. Seu livro, La Cenicenta que no Queria Comer Perdices (A Cinderela que não queria comer perdizes) retira aquela submissão das principais princesas dos contos de fadas e as transformam em verdadeiras mulheres do século XXI.

A obra surgiu como uma brincadeira entre Salamero e a desenhista Myriam Cameros Sierra, responsável pelas imagens. Antes de ser lançado, o projeto foi muito criticado por diversas editoras que negaram a produção do livro. No entanto, Salamero e Sierra desembolsaram recursos próprios para a criação dos primeiros números. A aceitação pelo público e intelectuais da Espanha foi tão grande que, em apenas seis semanas, as vendas já ultrapassavam os 50 mil exemplares.

O livro tornou-se um dos cases de sucesso de uma das principais editoras da Espanha, a Planeta. A publicação chega ao Brasil ainda esse ano, mas não há previsão de data.


Foto: divulgação

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